Luta que serve de alerta para todas as mulheres, conheça a história da Nicole e sua batalha contra o câncer de mama

Quem encontra a jornalista Nicole Morás, ou segue o perfil “Dê um Peito Aberto”, nas redes sociais, percebe as marcas que um tratamento oncológico deixa registradas: careca a vista e algumas cicatrizes pelo corpo. Mas, só quem realmente observa a mulher de 32 anos, percebe que é pelo sorriso que a força do viver, transborda.

Nicole vive o mês do Outubro Rosa de um jeito diferente. Para quem está finalizando o tratamento de um tumor na mama, a data bate no rosto como um vento gelado e deixa o alerta para tantas outras mulheres. A leveza de existir em um período tão duro, talvez esteja atrelada as chances de cura proporcionadas a partir de um diagnóstico precoce.

Como a relação com o Câncer de mama começou

“A minha história começa com a da minha mãe. Ela teve um câncer de cólon no final de 2016, no entanto, antes de fazer a cirurgia ela realizou o PET CT (um exame) e descobriu um segundo câncer: de mama. Por ela ser jovem, tinha apenas 55 anos na época, e ser o segundo câncer, fomos investigar. Com casos na família, percebeu-se que existia uma alta frequência de câncer de mama nas mulheres da linhagem do meu avô. Após um teste genético foi identificado que ela tinha a mutação bRCA1 (a mesma da atriz Angelina Jolie). Por isso, eu e a minha irmã fizemos o teste genético também e ambas temos a mutação”, conta ela.

O histórico familiar sempre deixou Nicole e a irmã em alerta. Ambas realizavam acompanhamento preventivo com exames de mamografia, ressonância magnética e ecografia. “Realizei o meu primeiro exame preventivo com mamografia em julho de 2019, no resultado não havia nenhuma alteração. Já minha mãe, que estava em tratamento, teve uma piora e veio a falecer no mês de setembro. Eu voltei a repetir a ressonância em outubro, foi quando percebemos uma alteração”, lembra ela.

Administrando o luto pela perda da mãe, Nicole e sua família se viram obrigados a escrever mais um capítulo na luta contra o câncer. “Após a biópsia por ultrassonografia descobrimos que eu estava com câncer de mama triplo negativo em estágio inicial e o nódulo media cerca de 1,3 centímetros, não sendo palpável, ou seja, não era possível sentir apenas tocando no seio.”

O choque da notícia logo foi amenizado por uma onda de esperança. A jornalista se fortaleceu em uma rede de apoio e encontrou neste caminho tortuoso, uma estrada para plantar flores e apoiar outras pessoas na mesma situação. Foi assim, que surgiu o perfil de Instagram chamado Dê um Peito Aberto.

 “Eu tive a certeza de que o tratamento seria tranquilo, levando em consideração minha idade, o estágio inicial do tumor e todo apoio que recebemos. Com o tratamento adequado, às grandes chances de cura mantiveram meu sorriso aberto e a cabeça erguida.”

Exames, rotina, uma série de medidas e, principalmente o diagnóstico precoce proporcionaram mais qualidade de vida durante o tratamento de quase um ano contra o câncer de mama. “O diagnóstico precoce é extremamente importante. É sabido que as chances de cura são muito maiores para o diagnóstico em estágio inicial. No meu caso, se não fosse pelos exames de imagem, eu nem imaginaria que estava com câncer, pois a minha saúde estava ótima. Sem os exames eu provavelmente só descobriria o tumor quando ele já estivesse maior a ponto de poder tocá-lo. Com a quimioterapia eu tive uma resposta completa, ou seja, a lesão desapareceu”, conta ela.

Assim como Nicole, muitas mulheres recebem tratamento adequado a partir de um diagnóstico precoce e podem seguir sua caminhada com passos firmes e grandes chances de cura.

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